Igualdade: é tão difícil assim?

Abre parênteses: Desculpem por não ter postado na semana anterior. Foi por motivo de força maior – a internet, ela me deixou.

Bom. Imagino que ninguém esteja conseguindo escapar das atuais discussões mais populares, pelo menos na minha timeline: A errata do plano de governo de Marina Silva e a torcedora racista do Grêmio.

Em meio à isso tudo me peguei pensando o seguinte: É tão difícil assim compreender que somos todos (e eu repito: todos) seres humanos?

Esse conceito é algo que não poderia ser mais claro na minha mente, mas aparentemente não o é na mente de todos.

O que dá a uma pessoa o direito de xingar a outra de “macaco”? O que lhe dá direito de negar o direito de outra pessoa (ou de um grupo de pessoas)? Nós vivemos inseridos em uma sociedade cuja história já delegou papéis para estereotipar toda e qualquer pessoa: Negros são inferiores, gays são promíscuos, e assim vai… Lutar contra essa concepção que já estava lá quando nascemos é uma tarefa diária e que exige muita auto-consciência.

“Ah, mas foi só uma piada! Então não vai mais poder fazer piada de nada?” Não, não vai mais poder ridicularizar a condição do coleguinha. Nunca deveria ter podido.

Isso quer dizer que eu não rio quando fazem uma piada que ofenda qualquer minoria perto de mim? Não. Isso quer dizer que eu, pessoalmente, estou me educando e, com isso, passo a entender que piada ofensiva jamais teve e jamais terá graça. É um processo lento e gradual, mas que não é tão difícil assim.

O mundo não vai ficar mais triste porque você não ri de uma piada.

Na verdade, o mundo vai ficar mais feliz, porque você não ri de uma pessoa.

Escrito por Ana Paula M. Agostini